Rinologia do HCFMUSP inicia pesquisa em paulistanos sobre rinossinusite e é entrevistada pelo Jornal da Band
01/04/2010
A equipe de Rinologia do HCFMUSP, chefiada pelo Prof. Dr. Richard Voegels, iniciou pesquisa sobre rinossinusite em 20 de março para questionar 2400 moradores da cidade de São Paulo e obter os dados epidemiológicos da nossa população.
Foi veiculada no Jornal da Band, da sexta-feira, dia 19 de março, o projeto do Departamento de Rinologia do HCFMUSP, chefiado pelo Prof. Dr. Richard Voegels, sobre rinossinusite, a fim de identificar a prevalência da doença entre os brasileiros. “A rinossinusite, ou sinusite, é a inflamação da mucosa que recobre todo o nariz e todos os seios paranasais e sua origem pode ser alérgica -- por poluição, umidade, por exemplo; infecciosa -- um vírus, uma gripe; ou a bacteriana, a clássica. E nunca foi realizada uma pesquisa sobre a proporção da população de nossa cidade que apresenta sinusite”, disse o Prof. Richard Voegels na entrevista.
A pesquisa, coordenada pela Dra. Renata Pilan, aconteceu da seguinte maneira. “Utilizamos o mapeamento da cidade de São Paulo feito pelo IBGE e, dentro de cada setor censitário sorteado para a pesquisa, foram escolhidas as faixas etárias que responderão a um questionário sobre sintomas respiratórios, uso de medicamentos, tabagismo, condições de moradia, escolaridade e renda. E, é importante frisar que o questionário será aplicado por entrevistadores que receberam treinamento específico”, explica a médica.
Realizada em quatro faixas etárias – 0 a 12 anos, 12 a 20 anos, 20 a 60 anos e maiores de 60 –, as entrevistas serão aplicadas durante 12 meses, com início dos resultados divulgados a partir de setembro de 2011. "A falta de dados epidemiológicos sobre a prevalência da sinusite em nossa cidade – ou seja, quantas pessoas apresentam a doença– fez com que buscássemos as respostas”, continua Dra. Renata.
Insônia e falta ao trabalho
Segundo Dr. Voegels, a sinusite afeta a qualidade de vida dos pacientes. “A fadiga, o prejuízo do sono, a diminuição de produtividade e, até o absenteísmo no trabalho podem ser causados pela rinossinusite. E tudo isso tem um custo caro na Saúde brasileira. Com o resultado dessa pesquisa, em um segundo momento, a pesquisa poderá estimular uma política de prevenção, tratamento e conscientização da população”, diz ele.
E finaliza: “Nessa época de mudança de estação, há um cuidado muito simples para prevenir a rinossinusite. Lave o nariz. E várias vezes ao dia. Previne gripes e resfriados além de proporcionar uma respiração melhor e um horário de sono tranquilo”.