Parte da equipe responsável pelo desenvolvimento e execução da Teleaudiologia da Disciplina de Otorrinolaringologia do HCFMUSP participou da REATECH - IV Feira de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade - entre os dias 15 e 18 de abril, a convite do INATEL, Instituto Nacional de Telecomunicações de Santa Rita do Sapucaí, MG.
Durante os quatro dias de feira, o estande foi bastante visitado, onde muitos usuários, políticos, representantes de associações de deficientes auditivos, entre outros, puderam conhecer o projeto pioneiro idealizado pelo Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento e desenvolvido por pesquisadores da Disciplina de Otorrinolaringologia e da Fundação Otorrinolaringologia. "Esse projeto visa atender o maior número possíveis de usuários em todo o Brasil, já que a Internet é acessível em mais de 80% do nosso País. As próteses auditivas digitais deste desenvolvimento apresentam um menor consumo de bateria, menor custo de manutenção e menor custo de aquisição quando comparadas com as próteses importadas que dominam o mercado. O programa de adaptação é intuitivo, simples de utilizar, utiliza pouco espaço de memória e poucos recursos de hardware. Esta estrutura arquitetônica é perfeita para a prática da Teleaudiologia - adaptação de próteses auditivas à distância, o que traz maior comodidade ao deficiente auditivo, em locais mais próximos de seus domicílios" diz o Dr. Silvio Penteado, um dos pesquisadores.
O mais importante, para a ORL, foi levar a novidade a uma feira voltada as pessoas que possuem necessidades especiais. "É preciso desmistificar o uso do aparelho auditivo. A orelha é um órgão que fica exposto durante toda a vida e, com o passar dos anos, passa a ter reduzida sua função fisiológica, acarretando na necessidade de utilizar um aparelho auditivo. Sabendo como lidar com isso, toda a população será beneficiada e não sofrerá com a perda da audição. Na Reatech, pudemos levar essa pesquisa a muitos que não a conheciam e, com o tempo, faremos com que ela corra o Brasil, a fim de auxiliar todos os que necessitam, como pede as portarias de políticas públicas de Saúde. É um avanço aprovado, inclusive, pelo Governo (Portaria 402 de fevereiro de 2010) e pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFF Resolução 366 de abril de 2009), faltava a realização dos primeiros trabalhos práticos, obtidos pelos nossos pesquisadores", finaliza Prof. Dr. Ricardo Bento.
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